Café mais caro do mundo vem de fezes
Comemoramos O Dia Mundial do Café anualmente em 14 de abril. A data homenageia uma das bebidas mais amadas do mundo: o café! Para os amantes da bebida, saber que o café mais caro do mundo vem das fezes de um animal, pode ser bastante intrigante, não é?
Segundo o site The Epoch Times, as enzimas presentes no sistema digestivo dos elefantes metabolizam a proteína do café (que é o que concede o tradicional sabor amargo à bebida) e, por serem animais herbívoros, a digestão dos elefantes tem muito mais fermentação do que a dos animais carnívoros, colaborando para impregnar as sementes do café com o sabor dos frutos. A consequência é no sabor: suave e terroso.
Café Marfim Negro
Foto: Reprodução
O Black Ivory (Marfim Negro, em inglês), é o café mais caro do mundo e é produzido no Norte da Tailândia, e sim, passa pelo sistema digestivo do mamífero. No processo, as cerejas ganham sabor característico pois são incluídas à dieta do animal, a base de cana-de-açúcar e bananas.
Aproveitamento dos grãos do café mais caro do mundo
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Como os elefantes mastigam a fruta, elas podem ser fragmentadas ou mesmo perdidas no processo digestivo do animal. Após coletadas das fezes dos elefantes, os grãos restantes são, então, lavados e torrados.
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No entanto, para entender melhor a particularidade desse processo, basta a informação de que a cada 33 kg de frutas que o mamífero consome, os produtores conseguem aproveitar apenas 1 kg.
A empresa Black Ivory Coffee é especializada na produção do Marfim Negro e afirma que realmente, conseguem aproveitar poucas cerejas nessa produção em particular, o que explica o preço do quilo ultrapassar os US$ 1.000. Em alguns hotéis 5 estrelas, a xícara de um Marfim Negro pode custar US$ 50.
Café, uma potência mundial
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Não é de se estranhar tantas peculiaridades em torno de uma bebida tão consumida, afinal o café é uma potência mundial. A seguir, veja algumas informações interessantes sobre essa bebida:
1 – O café é a segunda bebida mais popular do mundo, atrás apenas da água;
2 – A sua origem é a Etiópia. Os primeiros apreciadores o chamaram de “buna”. Essas pessoas viviam na ilha de Kaffa e usavam o ingrediente em um ritual, onde preparavam a bebida pura. Dessa forma, algumas comunidades muçulmanas aproveitavam todo o café (ramo, folhagem, grãos). Ainda hoje, encontramos povos das aldeias conduzidos pelos perfumes de “buna”;
3 – Os europeus conheceram o café através dos árabes, já que o grande polo de comercialização dos grãos era o porto do Iêmen. Por isso, entre os europeus, o primeiro nome usado para a definição da bebida foi “vinho árabe”;
4 – Coffea arabica é o nome científico dado as espécies de café arábica. Os grãos têm menos cafeína em relação à Coffea canephora, ou seja, Robusta (ou Conilon);
5 – O café arábica possui doçura natural e provoca experiências sensoriais diversificadas, enquanto, os grãos de Robusta são mais amargos, não apresentam aspectos sensoriais e têm inferior qualidade;
6 – A French Mission simboliza a missão francesa no universo cafeeiro. Em resumo, tratou-se do desbravamento dos missionários franceses, que popularizaram o café no mundo;
7 – Muitas culturas acreditam poder ler o futuro a partir da borra de café. A técnica aplicada é conhecida como cafeomancia.
Em suma, além de delicioso, muitas fezes exótico, o café é muito curioso!
E você, também é um amante de café?