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Você sabia que a urna não é conectada à internet?

TSE - Tribunal Superior Eleitoral Urna eletrônica

Trata-se de uma máquina simples que tem uma única função: contabilizar os votos. Detalhe: a urna eletrônica não está conectada à internet.

Finalizada a votação, os mesários retiram o cartão de memória de cada máquina e direcionam a um posto local da Justiça Eleitoral, que então, transmite as informações para o sistema central de contabilização em Brasília, através de uma rede independente da internet.

Em locais remotos, como a Amazônia, usa-se às vezes uma conexão via satélite. O resultado dificilmente estende-se por mais de duas horas para ser conhecido, no país com mais de 156 milhões de eleitores.

O Brasil é um dos poucos países que usa voto eletrônico

O Brasil está entre os 23 países do mundo que usam urnas eletrônicas em eleições gerais, dados esses do Instituto Internacional para Democracia e Assistência Eleitoral (IDEA). Outros 18, usam o sistema em eleições regionais.

De acordo com um levantamento do jornal Folha de S. Paulo, apenas Brasil, Bangladesh e Butão utilizam a votação por urna eletrônica sem comprovante do voto impresso.

Países como a Índia, é possível para o eleitor, conferir o voto impresso através de um visor. Depois, ele cai automaticamente numa urna, sem intervenção humana. Os indianos iniciaram em 2011 a mudança de seu sistema e concluíram a transição em 2019.

Na Venezuela, por exemplo, o eleitor recebe seu voto impresso após votar na urna eletrônica e o deposita manualmente dentro da urna.

Informatização do processo eleitoral brasileiro

Foi em 1986 o início da informatização do processo eleitoral brasileiro, com o recadastramento eletrônico de aproximadamente 70 milhões de eleitores. Porém, a totalização das eleições gerais pelo computador central do Tribunal Superior Eleitoral aconteceu apenas em 1994.

A informatização do voto começou na gestão do Ministro Carlos Velloso, em 1995. Um grupo de juristas e técnicos desenvolveram um protótipo de urna eletrônica, dando início ao trabalho que teve a colaboração de especialistas em informática, eletrônica e comunicações da Justiça Eleitoral, das Forças Armadas, do Ministério da Ciência e Tecnologia e do Ministério das Comunicações.

Depois de cinco meses, durante as eleições municipais de 1996, o projeto foi concluído. A urna eletrônica foi então, liberada para fabricação. O foco era adquirir urnas que possibilitassem o registro do voto de um terço do eleitorado — o total de eleitores naquele momento era de aproximadamente 100 milhões. As urnas obtidas foram utilizadas em todo o estado do Rio de Janeiro, nas demais capitais dos estados e nos municípios com mais de 200 mil eleitores, somando 57 cidades no país.

 

Fonte: Tribunal Superior Eleitoral

 

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