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Afinal o que é a alma do ser humano?

A alma é, sem sombra de dúvidas, algo que nos intriga. Afinal, o que ela é?

Termo termo derivado do hebraico nephesh, que significa vida ou criatura, e também do latim animu, que significa “o que anima”. Muito importante para a religião, ela seria a razão de haver capacidade de o indivíduo realizar e viver coisas e momentos complexos.

 

Foto: Reprodução

O interesse pela sua compreensão, ao longo da história, sempre foi muito expressivo.

E como mencionado na introdução, não é de hoje que a alma nos intriga, e por conta disso, existem muitas informações interessantes a cerca dela. Veja a seguir, outras 10 curiosidades sobre a alma:

1 – Memorial de pedra

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Arqueólogos da Universidade de Chicago encontraram um memorial de pedra em Sam’al, Turquia, que comprova que as pessoas na região, já acreditavam na alma há aproximadamente 3.000 anos atrás.

As datas aludem ao século VIII aC e a inscrição no monumento foi feita por um funcionário Real chamado Kuttamuwa. Na pedra aparece a figura esculpida da pessoa e pede a aqueles que ele deixaria para trás, para que celebrem a sua vida mortal e a sua “vida prolongada”, porque a sua alma viveria dentro do monumento.

Existe uma grande busca por compreensão de vida após a morte, e a motivação da escolha em viver dentro de uma pedra, é no mínimo intrigante.

Esse conceito da alma na pedra trouxe bastante questionamentos para os arqueólogos. Em culturas próximas, a crença predominante é de que a alma permanece no corpo após a morte, ligada aos ossos. Essa ideia de transferência da alma é nova na Turquia. Ela é mais aceita no Egito, porém não existe nenhuma outra evidência de uma reunião das culturas.

2 – Diferentes análises em todo o mundo

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Diferentes análises sobre a alma surgiram ao longo dos séculos. A Filosofia, com Anaxímenes, defendeu que ela é um sopro, uma espécie de ar em movimento que move, refrigera e mantem o corpo em movimento. Um exemplo seria o cadáver, ele não respira, por isso o corpo fica em repouso e morre.

A Renascença acompanhou um ressurgimento na crença de que o mundo tinha uma alma e centrava-se numa conexão espiritual entre o mundo e tudo o que era vivo. Já o cristianismo acreditava piamente numa divisão entre o mundano e o espiritual. Artistas viram conceitos como as proporções sagradas como prova de que havia conexão em tudo.

Os Rosacruzes também eram reputados pela sua crença na alma do mundo. O mundo foi em muitos momentos representado como um ponto preto no meio de um círculo, chamado de Germ dentro do Ovo Cósmico. O ponto no centro é o ponto focal para todas as coisas e a própria alma do mundo, representa uma fina substância etérea em torno de tudo na criação.

O símbolo dela no mundo como um ovo cósmico é uma definição comum em toda a antiga religião, mitologia e filosofia.

Com a chegada do orfismo e pitagorismo a definição da alma foi ficando mais conceitual, sem a preocupação de formar uma posição absoluta sobre ela. Platão foi o responsável por essa mudança. Discorreu sobre a sua imortalidade, unidade intrínseca ao homem.

3 – Alquimistas e a procura

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Alquimia não foi apenas a transformação de metais em ouro. Como o mundo tinha uma alma, alquimistas acreditavam que ela envolvia tudo e todos. A alquimia é a ciência da transformação logo, separar a luz interior da alma do mundo deve transformar o mundo. Como estamos todos conectados pela anima mundi, cada um de nós tem a capacidade para descobrir a sabedoria contida dentro da alma do mundo.

Através da filosofia de figuras como Carl Jung, alquimistas passaram a olhar não só para a alquimia externa, mas também a alquimia interna como uma maneira de transformar a própria alma para canalizar e transformar o mundo ao nosso redor.

A teoria alquímica defende  que tudo no mundo cresce doravante sementes plantadas dentro da alma. A natureza é, em si, um alquimista, construindo a partir destas sementes da alma. Quando nós copiamos a natureza, abraçamos a alma e orientamos o progresso, é possível criar diamantes, pedras preciosas, ou qualquer coisa que almejarmos. Determinadas sementes são naturalmente inclinadas a tornar-se certas coisas, transformando o processo alquímico em algo mais fácil. Acontece que, aprender a encontrar e cultivar a alma de uma coisa corretamente, algo que o alquimista pode fazer rapidamente, poderia levar a natureza a avançar milhares de anos.

4 – A morte da alma

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Na Grécia antiga, e principalmente nos poemas de Homero, a alma é citada como o que faz uma pessoa estar viva. Quando a pessoa morre, a alma morre também. A alma não abandona o corpo e vive uma reprodução de quem nós éramos na vida.

Em uma versão fraca, pálida do que éramos, viaja para a vida após a morte. Ao invés de existente em toda a nossa glória espiritual, não somos nada além do que uma sombra vaga e triste.

Ela se apoia em uma ideia de sacrifício heróico na batalha por uma nova luz. Os heróis das obras de Homero não conseguem confortar-se com partir para um lugar melhor ou progredir para uma posição de status dentro do Campos Elíseos. Ao contrário, eles entregam as suas vidas no campo de batalha e abandonam toda a sua essência por um sacrifício muito mais impressionante.

 

6 – Espirrar

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Segundo uma história de destaque no Midrash (um grupo de ensinamentos baseados no Torá), um espirro era sinal de morte nos primeiros dias de existência da humanidade. Quando alguém espirrava, a alma abandonava o corpo.

Foi dessa maneira até que Jacob orou para manter a sua alma depois de um espirro. Ele foi o primeiro com permissão para fazê-lo e até os dias de hoje, quando ouvimos alguém espirrar, dizemos “saúde”. Antes era para desejar-lhe que mantenha a sua alma e a sua vida. Hoje seguimos a tradição, até então, muitos de nós sem saber a origem do hábito.

Para eles, como os espirros proporcionam uma sensação de alívio no corpo e, por extensão, alivia a alma, significa que a oração da pessoa foi ouvida e recebida.

E não para por aí, segundo as crenças da polinésia, um espirro pode significar duas coisas diferentes: pode ser um sinal de que a alma de uma pessoa não está saindo, mas voltando de onde quer que vagou temporariamente. Também pode ser que como existe uma certa violência em um espirro, este seja o culminar de uma luta entre a pessoa e a alma. Pode ser a batalha da alma para sair ou pode ser outra alma em luta para entrar no corpo.

6 – Os 613 diferentes canais da alma judaica

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Segundo a teologia judaica, toda alma atravessa a reencarnação. A Kabbalah (antiga sabedoria) prega que existem 613 canais diferentes dentro da alma, cada um associado com os membros e os vasos sanguíneos. Quando a alma está em sua forma terrena, a pessoa mortal é confrontada com escolhas ao longo da sua vida. Praticar o bem e optar por escolhas morais, purificam partes da alma, agora quando escolher mal, é exatamente o oposto que acontece.

A alma só pode ser levada para o Jardim do Éden, quando todos os 613 canais forem purificados. Isso demanda pensamentos puros, ações e palavras. Pode ser necessário algumas tentativas antes da criatura mortal ser ligada à alma acerta. É nesse momento que a crença judaica na reencarnação entra. Num processo conhecido como haneshamot giligul, uma alma renasce muitas vezes até que todos os 613 canais alcancem um estado de pureza. A medida que os canais são purificados, são ressuscitados e as peças que ainda aguardam purificação renascem para o novo corpo e uma nova oportunidade.

Defende-se também que este processo de reencarnação surgiu com Adão, em cuja alma, habitavam todas as almas que nunca iriam existir no futuro. A alma de Jacob realizava 70 almas, que foram, então, divididas em 600.000 almas – as almas do povo de Israel.

As tarefas de reencarnação de uma pessoa eram a reparação pelos pecados das suas vidas anteriores. Era preciso perdoar aqueles que pecaram contra nós numa encarnação anterior para a purificação da alma. Em situações em que a alma tivesse muito apego a algo nesse mundo, mesmo purificada, não subiria; em vez disso, voltaria, com o único propósito de ajudar os outros.

7 – Substância da alma

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Albert Kruyt era um missionário holandês que morou e dedicou-se a trabalhos na Indonésia, na virada do século 19. Desempenhou um trabalho com os indígenas que permitiu-lhe fortalecer as teorias por trás da caça-cabeça e da alma em uma teoria que se baseou em um fluido de vida misteriosa.

De acordo com esse missionário, tribos de caça-cabeça valorizavam as cabeças dos seus inimigos porque elas continham uma substância da alma. Substância essa que poderia ser transferida de uma pessoa para outra, podia inclusive ser armazenada e fortalecer uma comunidade inteira.

Caçar cabeças poderia aumentar a substância da alma de uma família, uma comunidade ou uma aldeia inteira. A vila teria a chance de tornar-se mais fértil, as culturas poderiam ser mais saudáveis e produtivas e os animais seriam muito maiores e mais resistentes, tudo levando a uma vida melhor. Desprovidos da substância da alma extra, nas aldeias, as culturas correriam o risco de murchar e morrer além de os moradores poderem ficar doentes e a própria comunidade cair em declínio.

Outros antropólogos que trabalhavam com diferentes culturas não conseguiram encontrar este conceito de um fluido que dá vida e sugeriram que é um modo muito europeu de justificar a ligação entre caçar cabeças e fertilidade e prosperidade.

8 – Zumbis com almas?

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Segundo a produção cinematográfica, os zumbis não têm alma, são cascas vazias. Mas, o vodu tem uma crença bem diferente. Tudo começa pelo significado da palavra “zumbi”, provinda do “nzambi”, ela significa “alma”. Para o vodu, quando uma pessoa morre, existe uma separação do seu corpo da sua alma. Se a pessoa morre de forma trágica, abrupta, o “Boko” – uma espécie de mago – pode tomar sua alma e controlá-la, tanto ela quanto o corpo também, para realizar coisas malignas. Logo, um zumbi só é um deles pois possui uma alma.

9 –  Animal tem alma

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Tradicionalmente, acredita-se que os animais não foram designados com o mesmo tipo de alma que nós, seres humanos. Algumas religiões, como o catolicismo, acreditam que os animais têm a capacidade de sentir, mas não terão o perdão divino, a absolvição do pecado ou a vida eterna.

Na década de 1960 ou 1970, o Papa Paulo VI fez um comentário a um menino, em luto pela perda de um cãozinho: “Um dia, vamos ver os nossos animais novamente na eternidade de Cristo. O Paraíso é aberto a todas as criaturas de Deus.”.

Já o Papa Pio IX, além de dizer que os animais não têm consciência, também tentou pôr fim à criação de filial italiana da Sociedade para a Prevenção da Crueldade contra os Animais.

Em torno de um século depois, o Papa João Paulo II discordou, e equiparou os animais ao homem. Para esse Papa, além de a terem sim, os animais seriam tão importantes para Deus, como nós, seres humanos.

O Papa Bento XVI, seguia pela linha de que animais não têm alma e o Papa Francisco fez declarações, que se tornaram polêmicas, de que os animais vão para o céu conosco.

Bastante divergentes, as opiniões sobre os animais terem alma ou não, são diversas. Segundo a doutrina espírita, os animais a possuem, mas diferente dos humanos, pois estão em diferentes fases evolutivas.

Ainda, o médium Chico Xavier afirmava que se tratados com respeito, carinho e amor, os animais após o seu desencarne, podem permanecer até 4 anos ao lado de quem lhe deu amor.

10 – O que a ciência afirma

O paradigma científico atual normalmente não aceita a dimensão espiritual. Na realidade, indica que não existe necessidade de uma alma. Ainda, argumenta a vida por meio de equações sobre a atividade do carbono e a atividade das proteínas, etc.

Resumindo, a ciência a entende como um sinônimo da mente, reduzindo-a ao conceito de cognição e consciência.

E você? Qual sua opinião?

 

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